As crianças brasileiras já há algum tempo, são líderes mundiais em tempo de utilização da internet e de telefones celulares. Este hábito certamente produz mudanças nos costumes e hábitos sociais, tornam mais fácil a vida diária. Dominar as novas tecnologias é imprescindível para o sucesso profissional neste século, mas há que se lembrar que essas novas tecnologias ajudam mas também podem prejudicar se não forem adequadamente usadas.
Os adolescentes perdem a noção do tempo quando estão entretidos no computador e isso chega a se transformar em vício. o problema não é a internet, mas o uso que se faz dela. Os pais devem avaliar como e por quanto tempo seus filhos a utilizam.
É importante estarmos atentos porque a internet jamais pode substituir o vínculo pessoal. Os pais não devem abrir mão do convívio familiar para estar na internet. É sumamente importante verificar como eles estão escrevendo e realizando as pesquisas escolares. Há muitas crianças substituindo a escrita pela digitação, o vocabulário extenso por abreviaturas, além de copiar trabalhos prontos na rede sem ter ao menos o cuidado de ler antes de entregá-lo ao professor.
Não podemos ignorar os perigos que rondam a internet, ela é um espaço amplamente aberto e sem governo, pelo qual circula todo e qualquer tipo de boas e más intenções. Se os adultos caem em armadilhas ao navegar na rede, imaginem as crianças, que são sem experiência e de certo modo facilmente influenciáveis. Devem os pais fiscalizar de maneira clara e aberta, sem autoritarismo, tendo em mente que a finalidade é proteger as crianças.
É sumamente importante estabelecer um diálogo com seu filho sobre o assunto: perguntando sobre os sites em que costuma navegar, dedicando algum tempo para acompanhar seu comportamento diante do computador; sente-se ao seu lado e juntos, explorem as maravilhas que o universo on-line possui. Procure estar atento ao que ele curte ou compartilha no Facebook, quais os amigos, etc...
Com o tempo a criança se sentirá mais à vontade para chamar os pais quando se deparar com algo estranho na internet. Há algum tempo essas mesmas preocupações existiam em relação ao telefone e à TV. Quantas crianças não se machucaram tentando imitar os superheróis? A relação virtual com o mundo externo sempre vai existir, o importante é avaliar o que tem nisso de positivo e de negativo.
Hoje, os pais são sobrecarregados de tarefas em detrimento da própria subsistência e da procura por um padrão de vida melhor e isso acaba acarretando um descontrole sobre os filhos. Mas fazer da internet uma babá eletrônica e largar a criança diante do computador por mais tempo do que o recomendado, é um ato irresponsável. Desta forma a navegação deve ser orientada pelos pais seguindo seus princípios de educação e fé, o ideal é não ultrapassar o limite de uma hora e meia à frente do computador. Os pais que não conseguem impor respeito são aqueles que não ensinam ou orientam os filhos.
Acompanhar o que seu filho faz na internet é a única maneira de garantir um uso saudável do computador.
" Dicas de uso para pais e filhos":
1- Na internet, você nunca sabe ao certo com quem está falando. Muitas pessoas se passam por crianças, quando na verdade são adultos;
2- Evite divulgar informações sobre sua vida, como endereço, telefone, escola em que estuda. Desconfie daqueles que querem saber muito sobre você. Facebook é muito prático e bonitinho mas quando bem administrado;
3- Não esqueça as regras de segurança quando estiver on-line. Seu comportamento e os sites que você visita determinarão a segurança do seu computador;
4- Lembre-se que qualquer coisa que escrever ou enviar por e-mail pode ser reenviada a outras pessoas, portanto, não diga nada que não queira que os outros o ouçam dizer;
5- Evite marcar encontros via internet ou através de sites de relacionamento;
6- Se receber e-mails suspeitos, arquivos ou fotos de alguém que você não conhece, remova-os para sua lixeira;
7- Nunca revele suas senhas para outros colegas;
8- Muito cuidado com as compras via internet! Os pais devem orientar as crianças a nunca digitar o número do cartão de crédito sem prévia autorização.
Adaptação da Revista A Família Cristã nº 74/2008 págs 20 e 21.